TRAUMA RAQUIMEDULAR
por Luan Abdallah e Yves March
INTRODUÇÃO
A lesão da medula
espinhal (LME) ocorre em cerca de 15 a 20% das fraturas da coluna vertebral,
sendo preferencialmente no sexo masculino, na proporção de 4:1, na faixa etária
entre 15 a 40 anos. Acidentes automobilísticos, queda de altura, acidente por
mergulho em água rasa e ferimentos por arma de fogo têm sido as principais
causas de traumatismo raquimedular (TRM).
A localização
anatômica da lesão está diretamente relacionada ao mecanismo de trauma e cerca
de 2/3 das lesões medulares estão localizadas no segmento cervical. Lesões da
medula na região torácica ocorrem em 10% das fraturas desse segmento e em 4%
das fraturas da coluna toracolombar.
CONSIDERAÇÕES
ANATÔMICAS
A coluna vertebral é formada por trinta e
três (33) a trinta e quatro (34) vértebras (07 cervicais, 12 torácicas, 05
lombares, 05 sacrais e 04 ou 05 coccígeas). O forame ou conduto vertebral é
formado pela parede posterior do corpo vertebral e parede anterior do arco
vertebral, e a superposição dos vários forames vertebrais forma o canal raquídeo,
que aloja e protege a medula espinhal.
A medula espinhal, nos adultos, possui cerca
de 45 cm e estende-se desde a altura do atlas (C1) até a primeira ou segunda
vértebra lombar. Ela afila-se para formar o cone medular, do qual se estende um
filamento delicado, denominado de filamento terminal, que se insere próximo ao
primeiro segmento coccígeo. Na parte baixa do canal vertebral, descendem as
raízes dos nervos espinhais caudais, que, juntamente com o filamento terminal,
formam a cauda equina, que tem o seu início no nível de T11 e termina,
caudalmente, no nível do terceiro segmento acral, ocupando sozinha o canal
vertebral abaixo de L2.
A medula espinhal está dividida em segmentos
e as raízes nervosas que emergem da medula no nível de cada segmento são designadas
por algarismos que se referem ao nível de sua saída. Trinta e um pares de
nervos espinhais originam-se da medula espinhal (08 cervicais, 12 torácicos, 05
lombares, 05 sacrais e 01 coccígeo). O primeiro par de nervo espinhal emerge
entre o occipital e o atlas (C1), de modo que, na coluna cervical, o nervo
emerge, cranialmente, junto a sua vértebra correspondente. Somente a partir do
primeiro segmento torácico, o nervo espinhal emerge caudal à sua vértebra
correspondente.
Cada raiz nervosa recebe informações
sensitivas de áreas da pele denominadas de dermátomos e, similarmente,
cada raiz nervosa inerva um grupo de músculos denominados de miótomos.
A localização do segmento da medula espinhal
não está na mesma altura do segmento ósseo vertebral correspondente; como
exemplo, observamos que o segmento medular C8 está localizado no nível entre
C6-C7 e o segmento medular T12 no nível de T10.
A medula espinhal é um grande condutor de
impulsos nervosos sensitivos e motores entre o cérebro e as demais regiões do
corpo. Ela possui tratos orientados longitudinalmente (substância branca)
circundando áreas centrais (substância cinzenta) onde a maioria dos corpos
celulares dos neurônios espinhais estão localizados. Ao corte transversal, a
substância cinzenta apresenta a forma de H e pode ser subdividida em corno
anterior, lateral e posterior. No corno anterior, estão localizados os corpos
celulares dos neurônios motores e visceromotores (aferentes), no corno
posterior os neurônios sensitivos (eferentes) e no corno lateral os neurônios
do sistema simpático. As fibras motoras, oriundas do corno anterior, juntam-se
às fibras sensitivas do corno posterior para formar o nervo espinhal.
FISIOPATOLOGIA
A transferência de energia cinética para a
medula espinhal, o rompimento dos axônios, a lesão das células nervosas e a
rotura dos vasos sangüíneos causam a lesão primária da medula espinhal, e, no
estágio agudo da lesão (até 8 horas após o trauma), ocorre hemorragia e necrose
da substância cinzenta, seguida de edema e hemorragia. Formam-se petéquias
hemorrágicas na substância cinzenta, logo no primeiro minuto da LME, que se
aglutinam dentro da primeira hora, resultando na necrose central hemorrágica,
que pode estender-se para a substância branca nas 4 a 8 horas seguintes, como
conseqüência de uma redução geral do fluxo sangüíneo no local da lesão. A
seguir, células inflamatórias migram para o local da lesão, acompanhadas de
proliferação de células da glia, e, no período de uma a quatro semanas, ocorre
a formação de tecido cicatricial e cistos no interior da medula espinhal.
A redução do fluxo sanguíneo para o segmento
lesado da medula espinhal pode ainda ser ocasionado por alteração do canal
vertebral, hemorragia, edema ou redução da pressão sistêmica, que conduzem à
lesão adicional, denominada de lesão secundária. Essa redução do fluxo
sangüíneo pode provocar a morte das células e axônios que não foram inicialmente
lesados.
A isquemia do sistema nervoso central é
caracterizada por um grande influxo de cálcio para as células e reações
metabólicas, como falha das mitocôndrias e ativação das fosfolipases, proteases
e adenosina trifosfatase ocorrem, e o resultado é a perda de energia e colapso
da membrana celular, que também é mediado pela produção de radicais livres e
ativação das fosfolipases e lipases. A impossibilidade da célula em converter
completamente o oxigênio para dióxido de carbono e água, promove a formação de
radicais livres, que resulta em peroxidação lipídica e subsequente falha da
membrana celular. Esses eventos justificam a utilização da metilprednisolona
nas primeiras 8 horas após o TRM, que é administrada com o objetivo de inibir a
peroxidação lipídica.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O atendimento do paciente no local do
acidente é de grande importância para a sua avaliação inicial, reconhecimento
de suas lesões e prevenção de lesões adicionais durante o seu resgate e
transporte para o local onde deverá receber o atendimento definitivo. Devem ser
sempre consideradas a presença de uma lesão da coluna vertebral e a manutenção
da imobilização do paciente até que esse tipo de lesão possa ser avaliado com
segurança por meio de radiografias e outros exames complementares, quando
necessários.
As lesões instáveis da coluna vertebral sem
lesão neurológica, principalmente em pacientes politraumatizados, vítimas de
colisões em alta velocidade, inconscientes ou alcoolizados, possuem grande
potencial de lesão adicional das estruturas nervosas durante o resgate e
transporte dos pacientes, existindo inúmeros exemplos clínicos de pacientes com
quadro neurológico normal após o acidente, e que sofreram lesão das estruturas
nervosas durante o resgate e transporte.
A avaliação do paciente compreende a
história, exame físico, exame neurológico e exame radiológico. O exame físico
geral do paciente inicia-se pela avaliação de suas vias aéreas “com o controle
da coluna cervical”, da sua respiração e ventilação, e da circulação (ABC),
pois a prioridade, no atendimento inicial, deve ser para a avaliação,
preservação e tratamento das funções vitais básicas.
Os pacientes com fratura da coluna vertebral
sem lesão neurológica apresentam dor local, que pode irradiar-se para os
membros, e incapacidade funcional, acompanhada de espasmo da musculatura
adjacente.
Nos pacientes com lesão medular, podem ser
observadas respiração diafragmática, perda da resposta ao estímulo doloroso,
incapacidade de realizar movimentos voluntários nos membros, alterações do
controle dos esfíncteres, priapismo e presença de reflexos patológicos
(Babinski, Oppenheim), indicando lesão do neurônio motor superior. Os pacientes
com lesão medular podem apresentar, também, queda da pressão arterial,
acompanhada de bradicardia, que caracteriza o denominado choque neurogênico.
O exame neurológico consiste na avaliação da
sensibilidade, da função motora e dos reflexos. A área de sensibilidade do
paciente é examinada no sentido craniocaudal, desde a região cervical, pela
avaliação da sensibilidade à variação de temperatura, sensibilidade dolorosa e
sensibilidade tátil, que são funções mediadas pelo trato espinotalâmico
lateral, cujas fibras estão na porção anterolateral da medula espinhal. A
avaliação da vibração por meio de diapasão ou da posição espacial dos membros
avalia as condições do trato posterior da medula espinhal (funículo grácil e
cuneiforme).
A avaliação da função motora tem como
objetivo a determinação do grau de movimento que o paciente possui, avalia a função
dos tratos corticoespinhais, sendo insuficiente a constatação apenas da
presença ou ausência do movimento nas extremidades, que deve ser quantificado
com relação ao grau de força muscular, que é determinada por meio de uma escala
que varia de 0 a 5.
Os reflexos tendinosos profundos são mediados
pelas células do corno anterior da medula espinhal, e o córtex cerebral exerce
uma ação inibidora para evitar a sua resposta exacerbada aos estímulos
recebidos. A ausência desse reflexo pode indicar uma lesão do nervo periférico,
interrompendo o arco reflexo, ou a presença de choque medular. Os reflexos
tendinosos profundos, de maior importância clínica são os reflexos: bicipital
(C5), estiloradial (C6), tricipital (C7), patelar (L4) e aquileo (S1).
Os reflexos abdominais e cremastéricos são
testes do neurônio motor superior, e a ausência desses reflexos indica lesão do
neurônio motor superior, enquanto a perda assimétrica sugere lesão no neurônio
motor inferior.
Desenho que ilustra a relação entre áreas anatômicas de importância semiológica e seus respectivos dermátomos.
As radiografias dinâmicas (hiperflexão e hiperextensão) são contra-indicadas em pacientes com déficit neurológico ou inconscientes. Esse tipo de avaliação radiológica deve somente ser utilizada em pacientes que apresentem radiografias normais, sem alteração neurológica e em perfeito estado de alerta, de modo que possam realizar a flexão e extensão ativa da coluna cervical de modo voluntário e com o total controle da situação.
A realização das radiografias em AP, perfil e transoral para a observação do processo odontóide permite o diagnóstico de 84% das fraturas da coluna cervical. A utilização da tomografia computadorizada permite o diagnóstico de fraturas ocultas da região cervical e ela é também muito útil na avaliação da morfologia da fratura, da estabilidade do segmento lesado e da compressão do canal vertebral pelos fragmentos da vértebra fraturada.
SÍNDROMES CLÍNICAS NO
TRM
Síndrome
centro-medular: lesão que ocorre quase exclusivamente na região cervical, com
preservação da sensibilidade sacra e maior debilidade dos membros superiores
que nos membros inferiores
Síndrome de
Brown-Sequard: esta lesão é caracterizada por perda ipsilateral da função
motora e propriocepção e perda contralateral da sensibilidade para a dor e
temperatura
Síndrome de
transecção da medular: abaixo do nível da lesão, o paciente perde a
motricidade, a sensibilidade e os reflexos autonômicos (inclusive os
esfincterianos)
Síndrome anterior
medular: lesão que produz perda da função motora e da sensibilidade à dor e à
temperatura, preservando a propriocepção
Síndrome do cone
medular: lesão da medula sacra (cone) e das raízes lombares dentro do canal,
que usualmente resulta em arreflexia de bexiga, intestino e membros inferiores.
Os segmentos sacros poderiam ocasionalmente mostrar reflexos preservados, por
exemplo, o bulbocavernoso e os reflexos miccionais.
Síndrome da cauda
equina: lesão das raízes nervosas lombossacras dentro do canal neural resulta
em arreflexia de bexiga, intestino e membros inferiores
AVALIAÇÃO DA ASIA (AMERICAN SPINE INJURY
ASSOCIATION)
A avaliação neurológica é baseada na
sensibilidade e na função motora, e possui uma etapa compulsória, baseada na
qual é determinado o nível da lesão neurológica, o nível motor e o nível
sensitivo, e obtêm-se números que, em conjunto, fornecem um escore. A outra
etapa é opcional (avaliação da sensibilidade profunda, propriocepção, dor
profunda) e não participa na formação do escore, mas acrescenta importantes
informações na avaliação clínica dos pacientes.
O exame da sensibilidade do paciente é
realizado por meio da avaliação da sensibilidade tátil e dolorosa do paciente,
pesquisada nos 28 dermátomos de ambos os lados, atribuindo-se uma avaliação
numérica de acordo com o achado clínico: 0- ausente, 1- alterada, 2- normal e
NT (não testada), quando, por qualquer motivo, a avaliação do dermátomo não
puder ser realizada. O esfíncter anal externo deve ser também examinado por
meio da introdução do dedo do examinador no orifício anal, com a finalidade de
determinar-se se a lesão é completa ou incompleta (sensibilidade presente-sim
ou ausente-não e contração voluntária presente-sim ou ausente-não).
A avaliação da função motora é realizada por
meio da avaliação de ambos os lados, de músculos denominados “músculos chaves”
em 10 pares de miótomos, e a força muscular graduada de acordo com a seguinte
escala: 0- paralisia toral, 1- contração palpável ou visível, 2- movimento
ativo eliminado pela força da gravidade, 3- movimento ativo que vence a força
da gravidade, 4- movimento ativo contra alguma resistência, 5- normal e NT (não
testada). Os músculos selecionados para a avaliação e os níveis neurológicos
correspondentes são:
C5- flexores do cotovelo
C6- flexores do punho
C7- extensores do cotovelo
C8- flexores do dedo (falanges média e
distal)
T1- abdutores (dedo mínimo)
L2- flexores do quadril
L3- flexores do joelho
L4- dorsiflexores do tornozelo
L5- extensor longo dos dedos
S1- flexores plantares do tornozelo
A avaliação da
gravidade da lesão é baseada na escala ASIA/Frankel:
Lesão completa:
nenhuma função motora ou sensorial está preservada abaixo do nível da lesão e
nos segmentos sacrais de S4/S5.
Lesão incompleta:
sensibilidade preservada mas sem função motora, inclusive nos segmentos sacrais
de S4/S5.
Lesão incompleta:
preservação da função motora abaixo da lesão com a maioria dos músculos
principais graduados em menos de 3.
Lesão incompleta:
preservação da função motora abaixo da lesão com a maioria dos músculos
principais graduados em mais de 3.
Normal: sem déficit
neurológico. Função motora e sensorial normal.
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA
A coluna vertebral
deve ser avaliada por meio de radiografias realizadas nos planos
ântero-posterior (AP) e lateral, procurando avaliar a assimetria, o alinhamento
das vértebras e roturas das partes moles. É muito importante a visualização de
todas as vértebras da coluna cervical e a transição cervicotorácica, e, na
impossibilidade da visualização desse segmento da coluna vertebral por meio das
radiografias convencionais, a realização das radiografias sob tração dos
membros superiores ou a utilização da "posição do nadador" podem,
também, auxiliar, e utiliza-se a tomografia computadorizada nas situações
extremas.
“Posição do nadador”
utilizada para auxiliar a visualização das vértebras cervicais distais na
avaliação radiográfica.
A ressonância magnética tem auxiliado
sobremaneira o diagnóstico dos TRM e sempre que possível deve ser utilizada na
fase primária do diagnóstico.
TRATAMENTO
O tratamento dos TRM deve ter início no
momento do atendimento inicial, ainda fora do ambiente hospitalar, durante o
resgate e transporte dos pacientes, com o objetivo de evitar lesões adicionais
ou ampliação das lesões já existentes. A imobilização da coluna cervical deve
ser realizada em todos os pacientes politraumatizados e retirada somente após a
confirmação da ausência de lesão. Cuidados especiais devem ser tomados durante
o transporte dos pacientes e durante a retirada de capacetes de ciclistas ou
motociclistas vítimas de acidente.
O tratamento na emergência tem como principal
objetivo a manutenção e o restabelecimento das funções vitais do paciente (ABC
– vias aéreas, respiração e circulação), de modo que o tratamento específico da
lesão do segmento vertebral com lesão medular é realizada somente após a
resolução dessa fase.
Desenho demonstrando a sequência e os
cuidados necessários na remoção do capacete.
A metil prednisolona tem sido administrada
até 08 horas após a lesão da medula espinhal. Sua dose recomendada é de 30
mg/kg na primeira hora, seguida de 5,4 mg/kg/h em infusão venosa nas próximas
23 horas.
O tratamento definitivo da lesão, no segmento
vertebral fraturado, tem, como principais objetivos, a preservação da anatomia
e função da medula espinhal, restauração do alinhamento da coluna vertebral,
estabilização do segmento vertebral lesado, prevenção de complicações gerais e
locais, e o restabelecimento precoce das atividades dos pacientes, devendo ser
realizado o mais precocemente possível, desde que as condições gerais do paciente
permitam. Na impossibilidade de o tratamento definitivo ser realizado, a
redução da fratura e realinhamento do canal vertebral deve ser realizado por
meio de tração.
Não existe até o momento nenhum tratamento
cirúrgico capaz de restaurar as funções da medula espinhal lesada e o objetivo
do tratamento cirúrgico é apenas a redução e o realinhamento do segmento
vertebral lesado, restauração da estabilidade do segmento lesado, de modo a
evitar lesões adicionais da medula espinhal e favorecer a sua recuperação.
CONCLUSÃO
As fraturas da coluna
vertebral são diagnósticos frequentes na maioria dos serviços de emergência.
Ocorrem aproximadamente 60 a 70 casos para cada 100 mil habitantes por ano, e
10% desses pacientes apresentam déficit neurológico.
O TRM é uma lesão que predomina em adultos
jovens do sexo masculino e, pelas características da sua etiologia, sua
prevenção pode ser muito efetiva, por meio de campanhas de esclarecimentos
junto à população e adoção de medidas de segurança individuais ou coletivas.
A abordagem terapêutica do TRM deve ser
multidisciplinar, desde o momento do resgate e remoção dos pacientes até a sua
fase final de reabilitação. O tratamento é realizado para a reabilitação dos
pacientes, de modo que todos os esforços devem ser realizados na prevenção
desse tipo irreversível de lesão.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1)DEFINO, Helton L. A.. TRAUMA
RAQUIMEDULAR. Medicina (Ribeirao Preto. Online), Ribeirão Preto, v. 32, n.
4, p. 388-400, dec. 1999. ISSN 2176-7262.
2) Site: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2266/traumatismo_raquimedular.htm
3)Vasconcelos ECLM; Riberto M. Caracterização clínica e das situações de fratura da coluna vertebral no município de Ribeirão Preto, propostas para um programa de prevenção do trauma raquimedular. Coluna/Columna. 2011;10(1):40-3.
2) Site: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2266/traumatismo_raquimedular.htm
3)Vasconcelos ECLM; Riberto M. Caracterização clínica e das situações de fratura da coluna vertebral no município de Ribeirão Preto, propostas para um programa de prevenção do trauma raquimedular. Coluna/Columna. 2011;10(1):40-3.