Manejo Pré-Hospitalar do Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Ana Carolina Azevedo, Gabriel da Silva Barbosa Paiva
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica composta pelo déficit acentuado de aporte sanguíneo, que pode promover disfunção neuronal da região afetada em consequência da diminuição do suprimento de nutrientes, mas principalmente de oxigênio, levando a um quadro de hipóxia ou até mesmo de anóxia. Pode representar uma lesão de caráter irreversível ou formar uma área de penumbra ao redor do local em que se deu o processo isquêmico e que pode ser recuperada mediante rápido tratamento. Apresenta grande prevalência em homens, idosos e tabagistas, além de representar, em escala mundial, uma das principais causas de morte, incapacitação e internação. Pode ser subdividido em duas categorias: AVE isquêmico (compõe 80% dos casos) e AVE hemorrágico (representa os 20% restantes). Diferentemente do AVE isquêmico, que apresenta como principais fatores de risco a fibrilação atrial, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), sedentarismo e dislipidemia, o AVE hemorrágico têm na HAS, no trauma, na diátese hemorrágica e na angiopatia amiloide os seus principais fatores que o predispõe.
1- PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
A detecção e o encaminhamento rápido de um caso de AVE agudo, tanto hemorrágico quanto isquêmico, são indispensáveis para melhor atendimento, tratamento e prognóstico. Diante disso, o Ministério da Saúde estabeleceu o protocolo inicial de atendimento por meio da avaliação do quadro clínico, do teste físico, dos sinais vitais, da conduta e da remoção.
A- Quadro Clínico
De forma concomitante, tanto para o AVE isquêmico, quanto para o hemorrágico, as manifestações clínicas se dão de forma semelhante:
Ana Carolina Azevedo, Gabriel da Silva Barbosa Paiva
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica composta pelo déficit acentuado de aporte sanguíneo, que pode promover disfunção neuronal da região afetada em consequência da diminuição do suprimento de nutrientes, mas principalmente de oxigênio, levando a um quadro de hipóxia ou até mesmo de anóxia. Pode representar uma lesão de caráter irreversível ou formar uma área de penumbra ao redor do local em que se deu o processo isquêmico e que pode ser recuperada mediante rápido tratamento. Apresenta grande prevalência em homens, idosos e tabagistas, além de representar, em escala mundial, uma das principais causas de morte, incapacitação e internação. Pode ser subdividido em duas categorias: AVE isquêmico (compõe 80% dos casos) e AVE hemorrágico (representa os 20% restantes). Diferentemente do AVE isquêmico, que apresenta como principais fatores de risco a fibrilação atrial, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), sedentarismo e dislipidemia, o AVE hemorrágico têm na HAS, no trauma, na diátese hemorrágica e na angiopatia amiloide os seus principais fatores que o predispõe.
1- PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
A detecção e o encaminhamento rápido de um caso de AVE agudo, tanto hemorrágico quanto isquêmico, são indispensáveis para melhor atendimento, tratamento e prognóstico. Diante disso, o Ministério da Saúde estabeleceu o protocolo inicial de atendimento por meio da avaliação do quadro clínico, do teste físico, dos sinais vitais, da conduta e da remoção.
A- Quadro Clínico
De forma concomitante, tanto para o AVE isquêmico, quanto para o hemorrágico, as manifestações clínicas se dão de forma semelhante:
-
Parestesia e paresia de face e membros superior e inferior unilateral;
-
Confusão mental;
-
Alterações da fala e da linguagem (disfasia, afasia, disartria);
-
Alteração do equilíbrio, vertigem, coordenação ou na marcha;
-
Alterações na visão (uni ou bilateral); dor de cabeça súbita e intensa;
-
Cefaleia súbita e intensa sem causa conhecida.
Além disso, é importante ressaltar que a identificação do início dos sintomas é
relevante para a conduta a ser escolhida ao chegar a emergência, uma vez que há
possibilidade de realizar trombólise até quatro horas e meia para os quadros de AVE
isquêmico. Vale lembrar, também, que sempre que dois ou mais desses sinais e
sintomas forem identificados, deve-se entrar em contato imediato com o Serviço de
Atendimento Médico de Urgência (SAMU – 192) ou com o Corpo de Bombeiros (193).
B- Exame Físico
B- Exame Físico
Por fim, o terceiro, é a avaliação da fala, na qual se observa uma mistura das palavras, uso de palavras inarticuladas ou erradas ou é incapaz de falar uma simples frase como “O Brasil é o país do futebol”.
Diante dessa análise, cabe ressaltar que na presença de uma das ocorrências anormais, deve-se suspeitar de AVE (72% de probabilidade de ser um AVE ); na presença dos 3 achados, a probabilidade é superior a 85%.
C- Sinais Vitais e Conduta
Após Realizar avaliação primária e secundária, caso não haja suspeita de trauma cervical, deve-se manter em decúbito elevado para descompressão das jugulares e, com isso, melhorar o retorno venoso. Concomitantemente, deve-se manter a permeabilidade das vias aéreas – realizar intubação traqueal se vítima comatosa (Glasgow 8) ou necessidade de proteção de vias aéreas. Dessa forma, indica-se administrar O2 sob máscara para manter saturação O2 ≥ 94%, e caso se faça necessário, realizar ventilação assistida.
Além disso, deve-se instalar acesso venoso e manter monitorização cardíaca e de oximetria continuamente, associado à avaliação da glicemia e, consequentemente, ao tratamento imediato de hipoglicemia. Não obstante, deve-se evitar hiperglicemia (> 200 mg/dL). Ademais, tratar hipertermia, se necessário.
Em sequência, deve-se realizar avaliação neurológica: escala de AVE de Cincinnati, escala de coma de Glasgow e exame neurológico e, com isso, detectar sinais de AVE. Cabe ressaltar que em caso de convulsões, se disponível, administra-se Fenitoína 15 mg/kg. Além do mais, é importante lembrar que na fase aguda do AVE, deve-se ter cuidado com o uso de medicação para redução da pressão arterial, pois os anti- hipertensivos podem levar à diminuição da perfusão cerebral e agravar o quadro neurológico. A redução da PA é indicada ser realizada dentro do ambiente hospitalar, uma vez que deve ser gradativa e cuidadosa, portanto, não tentar reduzir a PA no ambiente pré-hospitalar.
Diante disso, um passo essencial também é determinar precisamente o horário de início dos sintomas (ou o horário em que o paciente foi visto normal pela última vez) e comunicar ao médico do hospital para um tratamento mais eficaz. Além de tudo, é essencial transportar rapidamente – contatar de imediato o SAMU - após estabilizar o paciente, para hospital terciário adequado, uma vez que capaz de fornecer cuidados para AVE agudo e com tomografia. Dessa maneira, entende-se que o tempo é fundamental para evitar maior dano neurológico, logo, deve-se considerar que todo paciente é que teve um AVE isquêmico é possível candidato à trombólise em até 4 horas e meia após o início dos sintomas. Com isso, deve-se lembra ao solicitar para a
Regulação Médica informar previamente o hospital de destino sobre a chegada de um
possível caso de AVE.
Conclusão
Mediante a importância das possíveis sequelas, debilitações e até mesmo os altos riscos de mortalidade relacionados ao AVE, tanto isquêmico quanto hemorrágico, é de suma importância trazer à população e aos agentes de saúde, quais são os principais eventos e manifestações clínicas de um paciente que sofre desse mal, como proceder e a quem solicitar para que o atendimento de emergência seja realizado o mais rápido possível. Tendo acesso a essas informações, é possível tornar situações de emergência como essa, melhores de serem contornadas.
Referencias Bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. 50 p. : il. ISBN 978-85-334-1998-8
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rotinas_para_atencao_avc.pdf
Zeefried, Claus Robert. Protocolos de atendimento pré-hospitalar: suporte avançado à vida. Claus Robert Zeefried. -- São Paulo, Secretaria Municipal da Saúde, 2012. 110 p.
BARRADAS DE CASTRO, Joana Angélica et al. Estudo dos principais fatores de risco para acidente vascular encefálico. Study on the risk factors for stroke , Revista Brasileira de Clínica Medica, n. 7:171-173, 2009. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679- 1010/2009/v7n3/a171-173.pdf. Acesso em: 15 nov. 2019.
Conclusão
Mediante a importância das possíveis sequelas, debilitações e até mesmo os altos riscos de mortalidade relacionados ao AVE, tanto isquêmico quanto hemorrágico, é de suma importância trazer à população e aos agentes de saúde, quais são os principais eventos e manifestações clínicas de um paciente que sofre desse mal, como proceder e a quem solicitar para que o atendimento de emergência seja realizado o mais rápido possível. Tendo acesso a essas informações, é possível tornar situações de emergência como essa, melhores de serem contornadas.
Referencias Bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. 50 p. : il. ISBN 978-85-334-1998-8
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rotinas_para_atencao_avc.pdf
Zeefried, Claus Robert. Protocolos de atendimento pré-hospitalar: suporte avançado à vida. Claus Robert Zeefried. -- São Paulo, Secretaria Municipal da Saúde, 2012. 110 p.
BARRADAS DE CASTRO, Joana Angélica et al. Estudo dos principais fatores de risco para acidente vascular encefálico. Study on the risk factors for stroke , Revista Brasileira de Clínica Medica, n. 7:171-173, 2009. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679- 1010/2009/v7n3/a171-173.pdf. Acesso em: 15 nov. 2019.
SINTOMAS de AVC, causas e tratamentos. In: Sintomas de AVC, causas e
tratamentos. [S. l.], 16 ago. 2017. Disponível em: https://www.maisquecuidar.com/sintomas-
avc-causas-tratamentos. Acesso em: 8 nov. 2019.